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uso recreativo

Já desde 1825 que são reportados casos de intoxicação por escopolamina [1]. O facto de ser insípida, inodora e poder ser administrada por várias vias (oral, inalatória, intravenosa e transdérmica) fazem com que seja bastante utilizada como droga de abuso, especialmente para a prática de roubos e/ou assaltos [2]. O uso como droga de abuso deve-se aos seus efeitos secundários a nível central, de que são exemplo a amnésia retrógada, as alucinações e o bloqueio do livre arbítrio, levando a um comportamento submisso. [2,3]. 

 

Assim, a escopolamina poder ser facilmente adicionada a bebidas, cremes ou então soprada para a cara da vítima. Esta, após ser drogada fica à mercê das ordens do assaltante devido ao bloqueio do seu livre arbítrio. Este tipo de consumo não apresenta sinais exteriores evidentes, o que impossibilita que um terceiro detete que a vítima tenha sido drogada. Por isto, a escopolamina é chamada na gíria de "Devil's Breath" [2].

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O efeito da escopolamina dura algumas horas, mas é o suficiente para que a vítima seja violada ou que transfira todo o seu dinheiro para a conta do assaltante. No dia seguinte, a vítima não se lembra de nada do que aconteceu desde o consumo de escopolamina e como esta é rapidamente eliminada do organismo, é muito difícil comprovar o consumo da mesma através de análises toxicológicas [2,5].

 

Este tipo de uso da escopolamina tem-se tornado muito popular na Colômbia [4], fazendo com que uma em cada oito intoxicações sejam devidas à escopolamina. No entanto, o seu uso como droga de abuso tem vindo a alastrar para a Europa e novas formas de administração têm sido concebidas [2].

Modus Operandi da Escopolamina [4]

Referências Bibliográficas:

[1] - Stanley, E. and H. Mayo (1833). "Cases of Poisoning by Datura Stramonium." The Boston Medical and Surgical Journal 9(1): 10-13.

[2] - Saiz, J., et al. (2013). "Rapid determination of scopolamine in evidence of recreational and predatory use." Science and Justice 53(4): 409-414.

[3] - Ardila, A. and C. Moreno (1991). "Scopolamine intoxication as a model of transient global amnesia." Brain and Cognition 15(2): 236-245.

[4] - Taringa! (2015). "Ojo robos con burundanga." Acedido em 29/05/2015, de http://www.taringa.net/post/info/18264566/Ojo-robos-con-burundanga.html.

[5] - VICE (2012). "World's Scariest Drug (Documentary Exclusive)." Acedido em 29/05/2015, de https://www.youtube.com/watch?

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