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metabolismo

O metabolismo de um fármaco engloba todas as reações que o organismo realiza de modo a tornar os xenobióticos mais polares e, portanto, mais facilmente solúveis em água, de modo a serem facilmente excretados através da urina. Acontece, frequentemente, que alguns dos metabolitos formados neste processo têm ainda atividade farmacológica ou então passam a ter atividade tóxica. Caso mantenham a sua atividade farmacológica, o efeito do xenobiótico é prolongado. Caso os metabolitos passem a exercer toxicidade, começam a surgir os ditos efeitos secundários. Desta forma é importante conhecer o mecanismo de toxicidade dos xenobióticos, de modo a diminuir a ocorrência de efeitos secundários adversos.

 

O mecanismo de toxicidade da escopolamina ainda não é bem conhecido, pois ainda não foram realizados estudos suficientes em humanos. No entanto, os estudos realizados em animais sugerem que as principais vias de metabolização da escopolamina são a glucoronidação, desidratação e sulfatação. Estas vias dão origem à escopolamina-9’-glucoronido (A), à apoescopolamina (B) e à escopolamina-9’-sulfonato (C), respetivamente. Estes três metabolitos tendem a ligar-se a moléculas com baixa densidade electrónica, como a glutationa e os ácidos nucleicos (DNA e RNA). Assim, provocam uma depleção da glutationa, impedindo assim o controlo do stress oxidativo e alterações no DNA, que levam a mutações e, consequentemente, à síntese de proteínas não funcionais. Estas alterações levam, em conjunto, à morte celular [1,2].

 

Apenas 2,6% da droga é excretada na urina na forma farmacologicamente ativa. Assim, pensa-se que ocorre um efeito de primeira passagem após a administração oral de escopolamina [1].

A

B

C

Metabolitos

Principais Vias de Metabolização e Respetivos Metabolitos da Escopolamina [1]

Referências Bibliográficas:

[1] - Renner, U. D., et al. (2005). "Pharmacokinetics and pharmacodynamics in clinical use of scopolamine." Therapeutic Drug Monitoring 27(5): 655-665.

[2] - Huq, F. (2007). "Molecular Modelling Analysis od the Metabilism of Scopolamine." International Journal of Pure and Applied Chemestry 2(3): 271-280.

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